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Sexta-feira, 19 de setembro de 2014
SERÁ QUE É POSSÍVEL?

De tempos em tempos observo colegas de trabalho idolatrando grandes nomes do mundo corporativo mundial (Bill Gates, Jack Welch, Steve Jobs). Sempre achei muito importante seguir grandes líderes e se espelhar ou inspirar no que pensam ou fazem. Mas, vez ou outra, sempre me incomodei com o fato de não me identificar diretamente com a história dessas pessoas e, de certa maneira, viver em um mundo distante e muito diferente do que aquele que os formou. Por conta disso, desenvolvi o hábito de seguir e pesquisar a respeito de líderes de nosso pais e, assim, cheguei ao livro e história de Sergio Chaia (que, confesso, me fisgou pelo título: “Será que é possível?”).

Logo me identifiquei com a linha de pensamento apresentada, de que líderes não direcionam a sua equipe apenas à resultados espetaculares, mas sim ao desenvolvimento profissional. Com este livro aprendi que o “como você realiza” é tão importante quanto “o que você realiza”, importante não só para mim enquanto líder, mas principalmente para as pessoas que me cercam, que lidero ou pelas quais sou liderado.

Hoje, mais do que nunca, quem não dá “resultado” está fora do jogo. Por mais que as pessoas consigam fugir de suas responsabilidades fazendo joguinhos políticos ou se escondendo no emaranhado de procedimentos e burocracias corporativas, mais cedo ou mais tarde a falta de resultado aparece. Sérgio Chaia neste livro me fez perceber que no final das contas as pessoas ou as empresas se recordarão de você pelo modo como você passou pela empresa, e não apenas pelo resultado (financeiro ou produtivo) que você deixou.

Entendo que não se trata de ser um líder bonzinho ou popular, mas sim sincero e orientado ao desenvolvimento das pessoas que o cercam, sem desonrar ninguém ou muito menos se acovardar em feedbacks falsos.

De certa forma, para que sejamos bons líderes é importante, antes de mais nada, se conhecer primeiro e estar firme no seu propósito. Afinal, quem não lidera a si mesmo não poderá liderar ninguém. Nisso o exemplo de carreira de Sérgio Chaia é impecável. Desde cedo (22 anos) já tinha muito claro o seu objetivo de carreira: “tornar-se presidente de uma empresa no Brasil antes dos 40”.

Obviamente apenas ter um objetivo fundamentado não é chave de sucesso para qualquer carreira de executivo. Mas um plano detalhado de como alcança-lo é o primeiro passo para o sucesso. De nada adianta saber o destino da viagem se não tiver ao menos um mapa ou roteiro definido. Vejo que no dia a dia é muito comum que os profissionais tenham objetivos definidos, muitas vezes até bem específicos e totalmente tangíveis. Mas quando se aprofundam em “como conquistá-los?” a coisa se complica, pois em geral as pessoas vislumbram apenas os “louros da vitória”, ou seja, os benefícios de uma posição mais elevada no organograma da empresa. Status, poder, retorno financeiro. E quase nunca focam nos pequenos degraus, nas horas a mais dedicação, na atenção especial aos detalhes e na doação pessoal à caminhada para o seu objetivo.

Com a história de carreira de Sérgio Chaia, percebi e consolidei em mim que se há um ingrediente fundamental na receita do sucesso é tornar-se adaptável ao ambiente e as mudanças de direção que seu plano de carreira pode necessitar, desenvolvendo a habilidade da resiliência e maestria em lidar com frustrações do dia a dia, estando sempre firme no seu objetivo e a todo momento respondendo à pergunta interna... “SERÁ QUE É POSSÍVEL ?”


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