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Quinta-feira, 19 de setembro de 2013
PEÇA MAIS PERDÃO E MENOS PERMISSÃO

É incrível como estamos cercados de pessoas que não possuem qualquer propensão a correr riscos. Gerenciar um projeto, uma equipe, uma família, ou seja, qualquer atividade coletiva ou individual faz com que você tenha que correr alguns riscos.

Em um ambiente corporativo é comum os projetos não andarem ou atrasarem demais, pelo simples fato dos envolvidos não terem o bom senso de arriscar, de tomar decisões. Sim, risco neste caso está diretamente ligado ao fato de você ter que tomar decisões, e tomar uma decisão é algo bem simples, não é? Na maioria dos casos a resposta acaba sendo: Claro que não!

Decisões corporativas ou pessoais podem levar pessoas a se desmotivarem, perder a equipe, dinheiro, status, amigos, enfim ter que enfrentar uma série de situações desagradáveis ou imprevistas. Mas, esse é só um lado da questão. Você também pode ser positivo com relação as suas escolhas, e essa positividade também influi no processo.

Pense também, que as decisões podem fazer de você um profissional mais arrojado, um projeto de razoável passar a ser excepcional, de mais uma pessoa para ‘o cara’. Talvez seja a diferença entre a mediocridade e a excelência, entre o comum e o extraordinário.

Por exemplo, quando Jeffrey Immelt assumiu a presidência da GE, em 2001, a empresa estava estável, sem nenhuma grande crise. Mas observando a descoberta e criação de novas tecnologias, ele decidiu investir pesado. Analisou e elegeu dez novos negócios de atuação -- como nanotecnologia -- e começou a fazer aquisições nessas áreas. Entre elas estava a compra, em 2004, da gigante inglesa de diagnósticos e biociência Amersham, por 10 bilhões de dólares, negócio que deu muito certo. No mesmo ano, Immelt disse a um grupo de alunos de MBA em Michigan: "Nunca a definição da estratégia correta foi tão importante quanto agora. Boa execução, saber tomar decisões e boas operações não garantem o sucesso de uma companhia com falhas na estratégia".

A tomada de decisões é algo difícil, tomá-las no tempo certo é ainda pior. Uma boa decisão, tomada um dia depois do necessário, pode não ter efeito algum. E também, uma decisão tomada antes da hora pode ser extremamente precipitada e trazer resultados indesejáveis.

As decisões são difíceis, mas mesmo assim você tem que torná-las realidade. Isso só cabe a você. Não espere que alguém o faça, não espere que seu superior ou outra pessoa a realize. Faça por si só, comunique, alinhe com seu superior, mas, faça acontecer, assuma o risco, vai valer a pena. Uma importante frase sobre o momento de decisão foi dita por Napoleão Bonaparte: “Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir”.

O precioso processo de decisão também pode ser facilitado tomando-se certas medidas que auxiliam mente e corpo nesse sentido. Tente sempre estar calmo e relaxado no momento que for tomar a decisão, não tome decisões por impulso (geralmente decisões impulsivas acabam sendo as erradas), analise todos os cenários possíveis, saiba ouvir e peça opinião para outras pessoas. Aquela história de que se conselho fosse bom não seria de graça é balela, as experiências de outras pessoas podem ajudar, e muito.

Convido você agora a uma pequena reflexão, que pode ajudar nos próximos processos de tomada de decisão. Pegue um papel e caneta (sim, isto ainda existe!) e pense sobre essa sua última semana e sobre decisões que deveria ter tomado, riscos que poderia ter assumido e não os tomou por desleixo, descuido, falta de habilidade ou simplesmente porque não se deu conta de que poderia ter realizado algo melhor. Pense também sobre os últimos meses e sobre as decisões que seu superior ou seus pares tomaram em seu lugar, simplesmente pelo fato de você não tomar a frente da situação. Vire esse jogo, traga para si a responsabilidade e comece a extrair da vida realmente as melhores oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

“Futuros ou atuais profissionais...

Não tenham medo de tomar decisões!

Peçam mais perdão, menos permissão!”

Marcos Paulo Malagola é Diretor Executivo - Mega Construção. Há cinco anos atua na Mega Sistemas Corporativos. É graduado em Gestão de TI com MBA Executivo e MBA na Gestão da Construção Civil. www.mega.com.br


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