Sexta-feira, 21 de junho de 2013
OS CAMINHOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL
Mega Sistemas

O que esperar do mercado da construção para os próximos anos?
Muito se tem falado a respeito do setor de Construção Civil no Brasil e de suas perspectivas de expansão para os próximos anos. É indiscutível, que este fenômeno está intrinsecamente ligado à proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos que acontecerão no País nos próximos três anos e que vêm impulsionando este mercado de forma surpreendente já há algum tempo.
Embora os números oficiais revelem moderação quanto ao que se espera do desempenho do segmento em 2013, o SINDUSCON-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) anunciou a redução de 3,5% para 3% a previsão de crescimento do PIB do setor, não há lugar para pessimismo.
Seja para o atendimento às demandas geradas por estes eventos, como construção e reformas de estádios e hotéis, seja pela necessidade de retomada definitiva das obras de infraestrutura, que se bem realizadas poderão constituir o real legado para a população brasileira, muitas companhias voltadas à Construção Civil já estão atentas às novas oportunidades e estão investindo cada vez mais na profissionalização.
Mas o sucesso neste ramo de atividade exige visão de longo prazo e planejamento. Além dos grandes eventos, o Brasil é um País de desafios infindáveis a serem supridos neste universo. O déficit habitacional, por exemplo, mesmo em queda (12% em cinco anos, conforme dados do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ainda corresponde a espantosos 5,4 milhões de residências em 2011.
Nesse cenário, construtoras e incorporadoras buscam cada vez mais dinamismo, afinal o tempo é curto para tantas realizações e as expectativas são bastante altas. Indo ao encontro destas exigências, muitas empresas vêm se valendo de soluções inovadoras e sobretudo, incorporando a tecnologia da informação em suas rotinas, para se manterem eficientes e competitivas em um segmento que é, e sempre será, a mola mestra de desenvolvimento de um país. Atualmente já é possível, por exemplo, controlar todas as atividades em um canteiro de obras apenas com um tablet ou um aplicativo mobile, sem exigir um sinal de telefonia ou o manuseio de documentos em papel, o que reduz custos desnecessários e proporciona ganhos em qualidade de gestão de pessoas e tempo.
Outro fator de destaque é a capacidade de geração de empregos. Só em abril deste ano a Construção Civil criou quase 33 mil postos de trabalho no Brasil, ficando atrás apenas dos setores de Serviços e da Indústria da Transformação. A continuidade de investimentos no setor, portanto, é condição sine qua non para o equilíbrio da economia, a contínua melhora do poder aquisitivo das famílias e principalmente, ponto de partida para a retomada sustentada do crescimento.
Enfim, além do esforço das empresas privadas em acompanhar esta tendência de expansão, há de se ressaltar a importância de um envolvimento mais profundo do poder público para que tanta energia não se dissipe no encerramento das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Obras estruturais são cada vez mais essenciais e devem ser prosseguidas mesmo após os grandes eventos, para que o Brasil continue sendo rota não apenas dos turistas eventuais, mas também dos investidores locais e estrangeiros.
Por Giovanni Sugamosto, Diretor da Mega Construção
O executivo é bacharel em Informática, administrador de empresas e atua há 14 anos na Mega Sistemas Corporativos.
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