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Terça-feira, 15 de setembro de 2015
O USO DA TECNOLOGIA EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL

Investimentos em inovação podem ajudar o setor a superar dificuldades com o escoamento da produção do país.

Você sabe o que os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia têm em comum? Os quatro dão origem à região conhecida por MATOPIBA, união das siglas de cada um, e formam o quadrilátero considerado um polo agrícola, baseado na adoção de tecnologias agropecuárias de alta produtividade.

Os números referentes a esta região vêm chamando a atenção. De acordo com dados do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do MATOPIBA era de 5.901.789 pessoas, dos quais 3.854.561 viviam em áreas urbanas (65,31% delas) e 2.047.228 na área rural (o que corresponde aos 34,69% restantes). A área territorial ocupa impressionantes 73.173.485 de hectares e o seu Produto Interno Bruto (PIB), também segundo o mesmo estudo do IBGE de 2010, era de R$ R$ 53.406.473.507,00. E apesar do atual cenário econômico não estar nada animador, as projeções indicam que a região deverá produzir, no ciclo 2023/2024, 22,6 milhões de toneladas de grãos, o que corresponde a uma área plantada entre 8,4 e 10,9 milhões de hectares (na safra 2013/2014, MATOPIBA produziu 18,6 milhões de toneladas de grãos).

No entanto, apesar de dados tão expressivos, a produção agrícola no Brasil ainda enfrenta alguns problemas. Segundo informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a alta carga tributária e a falta de estrutura acabam dificultando o escoamento da produção do país. “Com o MATOPIBA, podemos perceber que as fronteiras agrícolas têm se interiorizado no Brasil e isto tem contribuído para aumentar a distância entre os portos das regiões Sul e Sudeste. Consequentemente, aumentam os custos de logística para que a produção escoe. Neste sentido, se fazem necessárias ações mais eficientes por parte dos três níveis de governo, no que se refere aos investimentos destinados à infraestrutura, bem como por parte das empresas em relação ao uso da tecnologia como aliada para melhor gerenciar os seus negócios”, explica o sócio-fundador e diretor de marketing & alianças da Mega Sistemas Corporativos, Walmir Scaravelli.

No contexto empresarial, algumas medidas podem ser consideradas, como, por exemplo, a adoção de sistemas de gestão, também conhecido por ERPs, apropriados para o agronegócio e também para a logística. É o caso das soluções Mega Agrobusiness e Mega Logística, ambas desenvolvidas pela empresa. “A primeira foi criada para ajudar a administrar e controlar todo o processo gerencial do plantio à colheita, cujo objetivo é fornecer dados para que os gestores possam tomar as decisões certas a cada safra. Já a segunda permite o gerenciamento completo das operações relacionadas ao transporte rodoviário de carga, ao controle de desempenho e manutenção da frota de veículos e à identificação dos recursos que podem ser alocados e resultem em decisões ágeis e seguras”, detalha o executivo.

Para os especialistas, alguns temas estratégicos como a desoneração tributária, geração de empregos, incentivos fiscais, obrigações e responsabilidade social, entre outros, também fazem parte do dia a dia de quem lida com este segmento. “A automatização de todos os processos é um caminho para que o agronegócio continue crescendo no Brasil. Diante de tudo o que temos vivenciado nos últimos anos, também vale ressaltar a importância de intensificar a produção nacional de forma sustentável, que, por sua vez, poderá ser alcançada ao associar a elevação da renda do produtor rural ao que chamamos de inclusão produtiva. E isto será possível com o direcionamento dos investimentos ao uso assertivo da tecnologia”, conclui Scaravelli.

 


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