Sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Artigo: Manufatura
Mega Sistemas
Atenção, indústrias! Agora é a hora de modernizar...
Por Toninho Fernandes
Recentemente, o diretor de Desenvolvimento Industrial da Conferência Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, fez um alerta: a falta de competitividade é a causa da pequena participação do Brasil nas cadeias globais de valor e em acordos comerciais.
Utilizando dados da Organização Mundial do Comércio
(OMC), Abijaodi afirmou que o Brasil é uma das economias que menos participam
das cadeias globais de valor - apenas 10% do valor agregado das exportações têm
participação estrangeira.
Os números da OMC vão além e mostram ainda que o
nosso país é um dos menos integrados nas redes de acordos comerciais. Enquanto
vizinhos têm maior acesso ao mercado mundial, como o Chile, com 62 acordos,
Colômbia, com 60, e o Peru que tem acesso preferencial a 52 mercados, o Brasil
só conseguiu assinar 22 acordos.
A explanação de Abijaodi deixou claro: sem
competitividade, as indústrias brasileiras perdem não só espaço no mercado
mundial, mas também muito dinheiro. Portanto, mudar este cenário não se faz
apenas necessário, mas urgente. Para isso, contudo, o Brasil precisa se mexer -
e rápido!
Uma série de fatores contribui para a competitividade
das empresas: o ambiente macroeconômico, desenvolvimento de mercados, a
educação, eficiência do Estado, os financiamentos e a infraestrutura. Além, é
claro, dos investimentos em tecnologia.
A modernização é fundamental para enfrentar a
globalização e aumentar a competitividade das indústrias do país. E ela dá
resultados. A principal escola internacional de negócios – Insead – constatou
que as tecnologias estão, sim, melhorando a competitividade das empresas. Um
estudo realizado com 225 multinacionais de países do primeiro mundo mostrou que
as companhias que investem forte em TI podem dobrar suas chances de serem
altamente competitivos - de 35% para 74% - e, consequentemente, superar os seus
pares.
E não é só. Se alguém ainda duvida sobre os ganhos de
competitividade gerados por investimentos em tecnologia da informação, os
resultados de uma pesquisa da Information and Communications for Development do
Banco Mundial (Bird) corroboram esta tese. O documento aponta que nos países em
desenvolvimento, as companhias que investem em TI crescem 9,5 vezes mais que os
concorrentes que não possuem projetos na área.
O fato é que os serviços tecnológicos estão
diretamente relacionados à capacidade de superação de barreiras técnicas
impostas pelo mercado internacional aos produtos industriais. Esse tipo de
serviço, apesar de ser cada vez mais demandado pelas indústrias devido às
falhas de seus produtos e descartes, ainda precisa de mais atenção.
Em 2022, ano em que o país completa 200 anos de
independência, 2,2% de toda a produção mundial de industrializados será de
produtos fabricados no Brasil, segundo estimativas da CNI. A escalada da
indústria a esses patamares, no entanto, requer um ambiente mais adequado à
competitividade.
Portanto, quem não quiser ficar para trás precisa, para ontem, rever as suaspolíticas e estratégias ligadas a TI. A modernização, gerada pelas novas tecnologias, alavanca o crescimento, aumenta os postos de trabalho e, consequentemente, as receitas das empresas.
Voltar