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Segunda-feira, 7 de julho de 2014
A ARTE DE DAR E RECEBER FEEDBACK

Mariana Almeida, gerente de Recursos Humanos da Mega Sistemas Corporativos, dá dicas sobre como transformar o feedback em uma ferramenta eficaz para de gestão de pessoas.

A hora de dar e receber um feedback sempre é um momento crítico dentro das empresas. Muitos profissionais ainda entendem o feedback como uma forma disfarçada de criticar o outro, sem a necessidade da abertura de um diálogo. No entanto, este conceito vem se modernizando e o feedback tem sido utilizado como uma ferramenta poderosa de gestão, que contribui tanto para o crescimento de quem dá quanto para o de quem o recebe.

Nesse sentido, a gerente de Recursos Humanos da Mega Sistemas Corporativos, Mariana Almeida, ressalta que maturidade e regularidade são as palavras de ordem. “Muitos gestores não sabem dar feedback e não fazem isso com a frequência necessária para se criar um ciclo virtuoso, no qual o amadurecimento profissional é o foco”, explica. “A principal dica para quem vai oferecer um feedback é: se baseie sempre em fatos e não faça julgamentos. Assim a chance da conversa ir pelo lado pessoal é menor”, aconselha.

Também é bastante comum observarmos pessoas insatisfeitas com os feedbacks recebidos, principalmente por considerá-los desalinhados com as expectativas colocadas no início do relacionamento profissional ou com a real rotina do trabalho. “Os líderes devem apresentar objetivos e missões às suas equipes sempre de forma transparente, deixando claro quais são as metas e o que se espera de cada um. E se a rota mudar no meio do processo? Neste caso é importante informar qual é o papel de cada colaborador e como ele pode contribuir neste novo cenário”, alerta. “Além disso, os feedbacks devem ser uma rotina, não adianta chamar o funcionário para conversar só quando um surge um problema. Elogiar nos momentos certos é essencial e motivador”, diz Mariana.

O funcionário também deve estar disposto a receber o feedback. Segundo a gerente de Recursos Humanos, muitas vezes ele cria uma barreira e se mantém na posição defensiva no momento da avaliação. “É importante que o colaborador tenha calma e tente identificar algo de positivo na conversa. Sempre existem pontos que precisam ser melhorados e só os descobrimos quando espelhados pelo outro”, sugere.

DICA DA MARIANA PARA OS GESTORES

“Dar feedback é essencial para o desenvolvimento dos seus funcionários, portanto, não deixe de utilizar essa ferramenta por medo. Estabelecendo uma relação de confiança com o subordinado, chegará o momento em que ele mesmo pedirá uma avaliação pessoal e aprenderá a lidar com todas as suas impressões, mesmo que negativas”.

FAÇA O TESTE: VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA RECEBER UM FEEDBACK?

1 – Acredito que o feedback é a glamorização da popular “crítica”.

( ) Concordo ( ) Discordo

2 - Geralmente, os colaboradores mais próximos dos chefes recebem feedbacks mais positivos e elogios mesmo quando não apresentam trabalhos de qualidade.

( ) Concordo ( ) Discordo

3 – Meu gestor não acompanha meu trabalho de perto, portanto, não tem condições de oferecer um feedback isento de opiniões pessoais.

( ) Concordo ( ) Discordo

4 – Feedback é sinônimo de más notícias.

( ) Concordo ( ) Discordo

5 - Recebi um feedback ruim. Certamente, serei demitido.

( ) Concordo ( ) Discordo

Resultado:Se você concorda com alguma dessas afirmações, momento de repensar. Pergunte-se se você não está exageradamente na defensiva. Para evoluir é preciso conhecer os seus pontos fortes e fracos, a fim de trabalhá-los em prol de seu desenvolvimento profissional. Mas também é importante avaliar (de forma isenta) a postura de seu chefe / empresa em relação ao feedback que é dado aos colaboradores. Se realmente o momento da avaliação tem sido parcial, desmotivador ou, até, inexistente, que tal uma conversa? E se não for possível reverter a situação, é importante reavaliar o seu papel dentro da organização e se este caminho profissional o faz feliz. Quem sabe não é hora de mudar?


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