O capital de giro para empresas é a diferença entre a receita e a despesa em um determinado período. Trata-se de um recurso usado para manter o negócio operacional, de modo a cumprir todas as suas obrigações, como salários, tributos, custos fixos e custos variáveis.
No entanto, é comum que as empresas passem por momentos de crise ou de reestruturação das suas operações. Quando isso ocorre, é possível que o capital de giro não seja suficiente para cobrir despesas e manter o negócio funcionando.
Ao longo do texto, vamos trazer as principais formas de obter capital de giro quando a empresa estiver precisando, por isso, continue a leitura até o final!
Qual é a importância do capital de giro para empresas?
Imagine, por exemplo, que o salário dos colaboradores está atrasado ou a empresa está com pendências tributárias. Muito provavelmente o pouco capital de giro é a causa principal, visto que a falta de planejamento e controle financeiro podem acarretar essa situação de desequilíbrio.
Dado esse cenário, infere-se que o capital de giro impacta diretamente a motivação e produtividade do time, bem como pode gerar problemas junto ao fisco. Mantê-lo, portanto, sempre maior que todas as despesas é a certeza também de que o negócio terá fôlego para lidar com adversidades futuras.
Além disso, quando a empresa tem bastante capital de giro, é possível, por exemplo, fazer investimentos em tecnologia, por meio da seleção de fornecedores para ERP.
Como conseguir mais capital de giro quando necessário?
Com ou sem planejamento e controle, empresas sempre estarão suscetíveis a menos capital de giro. Isso porque fatores externos à companhia também podem impactar nesse sentido, exigindo que algo seja feito para cobrir essa lacuna de dinheiro.
Dito isso, é de grande importância ter acesso aos indicadores financeiros e informativos de concorrência, de modo a saber como está, de fato, a saúde do negócio. Para conhecer os meios de conseguir capital de giro quando necessário, acompanhe as subseções a seguir!
Renegociação de dívidas
Antes de falarmos sobre a renegociação de dívidas, vale ressaltar que a necessidade de capital de giro pode se dar em diferentes níveis na empresa. Em outras palavras, o problema pode tanto ser resolvido facilmente (diluindo dívidas, por exemplo) ou requer algo de maior complexidade, caso os salários dos profissionais e impostos estejam atrasados, por exemplo.
Dito isso, a renegociação de dívidas ocorre quando a empresa resolve mudar as condições de pagamento aos credores. Com base em dados financeiros, o setor responsável chegou à conclusão de que aumentando as parcelas e diminuindo o valor destas, a companhia consegue se manter operacional sem maiores dificuldades.
Antecipação de recebíveis
Antes mesmo de receber o pagamento integral de algum produto ou serviço do cliente, a empresa pode solicitá-lo junto ao banco de forma antecipada. Mesmo se a compra for parcelada, a companhia recebe o valor todo de uma só vez, contribuindo para ajudar o negócio a obter capital de giro no curto prazo.
Essa é uma alternativa interessante quando uma não entrada imediata de recursos pode gerar dívidas crescentes ao negócio. A atuação do departamento financeiro é fundamental nesse sentido, visto que é responsável por avaliar a situação atual da empresa, de modo a solicitar, caso necessário, a antecipação de recebíveis. Além disso, os juros são geralmente menores do que em um empréstimo tradicional.
Empréstimos
Talvez o empréstimo seja a maneira mais conhecida e tradicional de se obter capital de giro. Em comparação com a antecipação de recebíveis, é uma operação com risco maior, acarretando geralmente juros mais elevados. Nesse sentido, é crucial que o setor financeiro faça um planejamento capaz de determinar em quanto tempo esse empréstimo será quitado. As principais formas de obter capital de giro nessa modalidade são:
- bancos tradicionais e comerciais, sendo que estes são focados somente em pessoas jurídicas;
- fintechs;
- fundos de investimentos.
Aporte de sócios
Caso a empresa tenha um corpo societário, existe também a possibilidade de recorrer a essa maneira de obter capital de giro. Trata-se de uma opção mais fácil do que empréstimos e antecipação de recebíveis, cabendo aos sócios acordarem entre si sobre a forma que esse dinheiro será devolvido a eles. Isso porque o aporte de sócios não tem a incidência de juros.
Conta garantida
Enquanto pessoas físicas usam o limite do cheque especial, empresas se valem da conta garantida. Apesar de ter uma taxa de juros mais baixa do que outras opções, é preciso ter cuidado com os impostos envolvidos na operação. Sem um planejamento financeiro adequado, a empresa pode terminar com mais problemas do que antes de obter esse capital de giro.
Consórcio
Se a empresa ou um sócio tiver um imóvel, é possível também obter capital de giro por meio de consórcio. Em até 15 anos, é feita uma operação de compra e venda desse imóvel, envolvendo o sócio e a empresa. Assim como o aporte de capital citado anteriormente, o consórcio é vantajoso por conta da simplicidade e baixa burocracia. Vale também salientar que as taxas de juros costumam ser baixas em comparação com outras formas de obter capital de giro. Apesar disso, o consórcio é uma opção pouco explorada no Brasil.
Sale & Leaseback
Da mesma forma que o consórcio, o Sale & Leaseback é uma opção pouco conhecida e explorada no Brasil para obtenção de capital de giro. Uma das condições para se conseguir o recurso é a empresa ter um imóvel no seu nome, de modo que a operação consiste em fazer a venda para um investidor do negócio.
Feita a negociação, a empresa passa a pagar um aluguel mensal àquele investidor, pelo uso do espaço, que pode muito bem ser uma fábrica, por exemplo. O Sale & Leaseback tem uma data limite, sendo que ao término do contrato o imóvel volta a ser de posse da empresa, sendo que essa operação é bastante vantajosa, em virtude das baixas taxas de juros.
O capital de giro para empresas, como vimos, pode ser obtido de diversas formas. Cabe à companhia, principalmente ao departamento financeiro, planejar bem qual opção é a melhor, considerando a incidência de juros e impostos, bem como as demais condições de pagamento. Ter capital de giro é indispensável para a saúde financeira do negócio, evitando, por entre outras coisas, atrasos de salários e fluxo de caixa deficitário.
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