Em uma indústria, o estoque é um setor crucial, dada duas necessidades: evitar a falta de insumos e o excesso deles. Sem um controle efetivo, o departamento de compras não terá uma boa exatidão na hora de fazer a reposição dos itens, podendo gerar atrasos na produção de algum bem.
Muitos erros de estoque ocorrem em decorrência de processos manuais. No entanto, as tecnologias MRP1 e MRP2 ajudam a indústria por meio de rotinas automatizadas, reduzindo ineficiências operacionais e maximizando a produção. Para entender melhor o funcionamento de ambos e como eles podem ser adotados na prática, continue lendo o nosso artigo até o final!
O que são MRP1 e MRP2?
Vamos começar explicando o MRP1, cuja sigla significa Material Requirements Planning. Na prática, esse sistema tem por finalidade automatizar processos ligados à compra de insumos industriais e reposição de estoque. A solução começou a ser disponibilizada na década de 1960, em meio a uma alta demanda das empresas em produzir com mais eficiência e menos desperdícios.
Já o MRP2, ao contrário do que se possa imaginar, tem um significado diferente do MRP1. Dado que sua sigla significa Manufacturing Resource Planning, o foco dessa solução é em fornecer análises preditivas, relacionadas com a necessidade futura da indústria por insumos. Em outras palavras, a solução usa como principal referência as compras feitas ao longo do tempo, de modo a projetar o quanto deve ser obtido para manter a operação da indústria.
Para que servem e como funcionam?
Um estoque gerido manualmente é passível de problemas como a compra de insumos que não têm onde ser guardados. Se esse for o caso, a operação tenderá a gerar prejuízo, não só pela ociosidade, mas também pela questão de esses insumos serem perecíveis, por exemplo. Tanto o MRP1 quanto o MRP2 são úteis em promover automatização de processos e menos erros desse tipo.
Ambos funcionam da seguinte forma: por meio de uma série de cálculos, o sistema consegue entregar informações precisas, tomando por base variáveis como matérias-primas, tempo e volume da produção. Além disso, os dois têm um papel fundamental, que é o de integrar o estoque à área administrativa da indústria.
Dito isso, é muito comum vermos O MRP1 e o MRP2 empregados juntos do ERP. Por consequência, o administrativo passa a ter acesso a informações em tempo real, tornando, assim, menos passível de erros o repasse dos insumos a serem providenciados pelo setor de compras.
Quais são as diferenças práticas entre MRP1 e MRP2?
Antes de adentrarmos naquilo que diferencia os sistemas, é válido salientar que o MRP2 é uma evolução do MRP1. O segundo surgiu 20 anos depois do primeiro, sendo uma solução com características e funcionalidades adicionais, principalmente em relação a indústrias de grande porte.
Na prática, o MRP1 lida com a compra de insumos e o envio de produtos. Para isso, ele é subdividido em três módulos, que são:
- Programa Mestre de Produção ou MPS: a principal função desse módulo é verificar se a indústria consegue atender ao pedido dos seus clientes dentro do prazo estipulado. Ele analisa se os insumos necessários estão disponíveis no momento, visando a evitar atraso na entrega;
- lista de materiais ou BOM: consiste em um arquivo com listas. Nelas, estão descritas todas as matérias-primas necessárias à produção de um bem;
- arquivo de status do inventário: além de ter a quantidade de itens no estoque, esse arquivo descreve também os pedidos em aberto e o tempo que leva entre a solicitação de pedido e o seu recebimento.
Durante muito tempo, as indústrias conseguiam operar com certa eficiência por meio do MRP1. No entanto, começou a se constatar o seguinte: o processo era carente de um suporte em termos de marketing, de modo que este, junto aos setores de produção e finanças, estava operando abaixo de suas máximas capacidades.
Foi justamente em meio a isso que o MRP1 evoluiu para MRP2. A proposta desse novo sistema foi integrar melhor as informações entre os setores de finanças, marketing e produção da indústria. Por meio da geração de relatórios, os setores tinham um conhecimento mais exato acerca dos processos envolvendo a aquisição de insumos, a produção de bens e a entrega aos clientes.
Como esses conceitos podem ser utilizados na prática?
Sobre a aplicação prática, podemos dizer que o uso de um ERP é fundamental, pois visa a máxima efetividade industrial. Embora o MRP2 tenha maior facilidade de se integrar ao ERP do que o MRP1, é preciso destacar que este continua sendo fundamental no âmbito mais operacional da indústria.
Já o MRP2 deve ser adotado visando a melhorias no nível estratégico. Em outras palavras, ele está diretamente relacionado com o potencial de crescimento da indústria, de modo a contemplar todos os setores. Integração é uma das coisas mais importantes nesse sentido, visto que os gestores precisam ter acesso a uma visão cada vez mais sistêmica dos processos.
Outro fato a ser destacado é que ambos os sistemas podem ser adotados fora da manufatura. Isso significa, por exemplo, que tanto o MRP1 quanto o MRP2 podem ser incorporados às rotinas de estoque e logística. Falando especificamente da logística, este é um setor bastante impactado pela transformação digital, em virtude da sua importância não só no segmento industrial, mas também no comércio eletrônico, algo que tem crescido muito nos últimos anos.
Assim como o setor de TI, o estoque e a logística devem ser vistos pelos gestores de modo estratégico e integrado a outras áreas. Dessa forma, é possível aprimorar os processos de ponta a ponta, automatizando aquilo que for manual e dando maior autonomia ao trabalho dos colaboradores. Assim, esses passam a desempenhar atividades de caráter mais analítico e estratégico.
O MRP1 e MRP2 são sistemas voltados, respectivamente, ao planejamento de requisição de materiais e planejamento de recursos de manufatura. Vimos também que a integração de ambos a um ERP ajuda a integrar os setores e facilitar o compartilhamento de informações entre eles, aprimorando processos continuamente e aumentando a eficiência operacional.
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