Se a sua empresa quer se manter operacional e com credibilidade no mercado, é fundamental adotar a gestão de riscos e compliance. Ambas as práticas estão cada vez mais difundidas no ambiente de negócios, visto que proporcionam muitos benefícios, além do aumento da sua reputação perante investidores e o público em geral.
Esses dois conceitos são equivalentes ou complementares? Qual a importância deles no setor de construção civil e porque a empresa deve investir em ambos? Essas e outras questões serão respondidas ao longo do texto, por isso continue a leitura até o final para ficar por dentro do tema!
O que é gestão de riscos na construção civil?
Riscos são fatores internos e externos que podem prejudicar o negócio nos mais variados graus. Logo, a gestão consiste na prática de planejar, organizar e controlar todos os elementos que compõem a empresa, no intuito de mapear as incertezas e evitar que elas se tornem realidade no negócio.
Trazendo para o contexto da construção civil, a gestão de riscos pode envolver, por exemplo, o levantamento de dados sobre fornecedores de insumos e cálculos de produção, de modo que se saiba o nível de credibilidade deles no mercado. Nessa perspectiva, gerir os riscos é um processo composto por quatro etapas:
• Identificar os riscos, que como falamos, podem ser externos (conjuntura econômica, por exemplo) ou internos, relacionados, dentre outras coisas, com a conduta dos colaboradores;
• Após identificar os riscos é preciso mensurar os impactos na empresa. Isso é feito geralmente por meio de levantamentos estatísticos;
• Mitigar os riscos dessas potenciais ameaças ao negócio se tornarem reais. No entanto, vale deixar uma ressalva importante: aqui também podem ser encontradas oportunidades, de modo a maximizar os lucros da empresa;
• Usar indicadores que permitam monitorar todos os riscos e incertezas do negócio.
Qual é a importância do compliance nesse contexto?
O compliance consiste no conjunto de práticas que têm o objetivo de assegurar a conformidade do negócio às legislações vigentes. O termo passou a se popularizar bastante mediante esquemas de corrupção envolvendo empresas nos Estados Unidos e Brasil, por exemplo, fazendo os parlamentos de ambos os países criarem leis de combate à corrupção.
Um programa de compliance também busca assegurar que a conduta dos colaboradores internos esteja em conformidade com as normas e regras da companhia. O compliance é composto por três pilares, que são prevenir, detectar e corrigir. Acompanhe cada um deles nas subseções a seguir.
Prevenir
Para o cumprimento dessa etapa do compliance, é preciso que a empresa tenha um Código de Conduta. Depois de elaborado, o documento deve ser disseminado a todos os colaboradores, de modo que tomem ciência sobre as consequências de não seguir as orientações desse código.
Detectar
Em conjunto ao Código de Conduta é preciso também implementar os chamados sistemas de controle. O intuito do procedimento é verificar se todos os pontos do documento estão sendo seguidos pelos colaboradores. Outro ponto que merece atenção é em relação aos fornecedores de insumos para construção e parceiros de negócio, para que as suas condutas sejam monitoradas pelo programa de compliance.
Corrigir
Se for detectada qualquer inconformidade com o Código de Conduta, o compliance tem o dever de fazer a devida correção. Na prática, existem vários níveis de punição ao colaborador, que vão desde uma simples advertência até o seu total desligamento da companhia.
Por que investir em gestão de riscos e compliance?
Gestão de riscos e compliance, embora não sejam equivalentes, são conceitos complementares e indispensáveis na empresa. Isso porque o compliance é um dos componentes da gestão de riscos, tendo um caráter mais prático e punitivo, caso seja encontrada alguma inconformidade. Quando existe todo um planejamento e mapeamento das incertezas e oportunidades do negócio isso é considerado gerenciamento de riscos.
Quando o compliance e a gestão de riscos atuam na empresa, principalmente com o suporte de um ERP, as ameaças ao negócio podem ser controladas. Uma das formas de fazer isso, como falamos, é pelo Código de Conduta, documento que deve ser comunicado a todos os colaboradores, descrevendo as boas práticas e demais informações relevantes para assegurar a transparência no ambiente empresarial.
Maior confiança do mercado e da sociedade
Conforme a empresa adota a gestão de riscos e o compliance, a sua confiança perante o público e mercado tendem a aumentar. Na prática, investidores podem ficar atraídos ao negócio, de modo a aportar quantias consideráveis que sejam usadas para promover a expansão da marca e a otimização dos seus processos internos, por exemplo.
Antecipação de problemas
Prevenir sempre é melhor do que remediar. Trazendo isso para o ambiente de negócios, se antecipar aos futuros problemas e evitá-los geralmente custa menos do que a ocorrência deles. Mesmo se algum fator externo estiver fora do controle do negócio, é possível mitigar bastante os impactos negativos dos riscos e incertezas da companhia.
Integração entre os setores
À medida que os setores se comunicam mais o clima organizacional tende a melhorar. A integração ajuda a agilizar processos e fornecer aos gestores uma visão integral do negócio, o que facilita o monitoramento dos riscos e incertezas. O diálogo entre todos os departamentos ajuda a aumentar o nível de coesão e alinhamento com os objetivos da empresa.
Geração de valor
Riscos também trazem oportunidades. Quando isso ocorre, a companhia passa a gerar um valor maior, o que acaba se disseminando internamente e se reflete fora da organização. O resultado disso é possível ver não só no aumento das vendas, mas também no nível de satisfação do cliente e fidelização com o negócio. A geração de valor, portanto, está diretamente ligada com a obtenção de diferencial competitivo, o que é fundamental na era atual da tecnologia, no tocante a projetos digitais.
A gestão de riscos e compliance, como vimos, são cruciais para a empresa se manter operacional e com credibilidade no mercado. Sob a perspectiva da crise sanitária do novo coronavírus, vale ressaltar a importância de implementar ambas as estratégias no negócio, visto que elas são complementares. Como sabemos, muitas empresas tiveram dificuldades em se manter nos últimos meses, sendo que várias delas tiveram de se reinventar para não perder espaço no mercado.
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