As indústrias têm um papel singular na economia de um país, gerando empregos e fortalecendo o PIB nacional. Suas instalações também são diferenciadas das edificações comerciais e residenciais: cada indústria precisa de estruturas específicas para suas atividades. Por esses motivos, a engenharia civil está cada vez mais atenta à construção industrializada e tem se empenhado para atender as demandas do setor secundário.
A nova lógica da construção industrial inclui benefícios como a execução acelerada de projetos, as instalações feitas sob medida, a escolha inteligente de materiais, uma maior durabilidade e um custo reduzido da obra. Considerando também a chegada da indústria 4.0, a dimensão física da empresa já não pode ser ignorada, impactando em sua capacidade de manter-se competitiva.
Veja quais são as principais tendências do setor.
1. Construções sustentáveis
A palavra inovação já não pode mais ser descolada da ideia de sustentabilidade. Escolhas arquitetônicas inteligentes deixam a indústria mais verde e ainda geram muita economia. Veja alguns exemplos:
- privilegiar uma boa iluminação natural;
- escolher os materiais e projetar os espaços de forma que a temperatura se mantenha agradável;
- utilizar lâmpadas de LED — as mais econômicas e de maior durabilidade do mercado (melhor custo-benefício);
- captar a água da chuva para fins como irrigação, lavagem de pisos e descarga de sanitários;
- instalar sistemas fotovoltaicos para gerar energia limpa, reduzindo drasticamente a conta de luz;
- tratar resíduos, encaminhar recicláveis para centros de coleta e reutilizar (quando possível).
2. O sistema construtivo
Os materiais que compõem a construção industrializada determinam fatores como o custo, a durabilidade e a agilidade do trabalho. A alvenaria convencional ainda é muito utilizada no Brasil, muito por conta de estar envolta numa ideia de que não necessita mão de obra especializada – um pensamento, porém, que aos poucos vem se revelando como um equívoco, já que acaba comprometendo os resultados com um processo lento e cheio de complicações.
Alternativas como a alvenaria estrutural e as paredes de concreto seguem a linha desse modelo clássico, mas com menos desperdício e geração de resíduos. Seu isolamento térmico e acústico, no entanto, de nada diferem da alvenaria convencional. As paredes de concreto só compensam financeiramente para projetos muito grandes e o bioconcreto, por sua vez, é uma tecnologia que pode favorecer essas construções.
Já o steel frame e wood frame são dois sistemas construtivos baseados, respectivamente, em estruturas de aço e de madeira. Eles precisam de projetos cuidadosos antes de começar a execução, mas seus resíduos e custos tendem a ser bem menores e seu isolamento acústico e térmco se revelam infinitamente melhores do que o da alvenaria.
No wood frame, o mais comum entre os modelos construtivos industriais, pode-se ainda trabalhar com material reflorestado, proporcionando mais um ganho em sustentabilidade. Se a indústria trabalha com fogo e inflamáveis, no entanto, essa não é uma boa ideia. O aço deixa a estrutura leve, resistente, adapta-se bem para projetos diferenciados e pode ser reciclado em caso de demolição.
De todo modo, suas vantagens para a indústria são inegáveis.
3. Engenharia integrada
Tradicionalmente, uma obra é feita por diversas empresas, com especializações diferentes (civil, elétrica, hidráulica, segurança, arquitetura). A importância desses profissionais não mudou, mas a proposta uma nova forma de pensar está revolucionando a construção industrializada. Formando uma equipe integrada é possível atingir um novo patamar de qualidade nas construções — justo o que a indústria precisa de seus colaboradores.
A construção industrializada é um desafio que está sempre movimentando nossa economia e impulsionando as pesquisas em engenharia. As formas tradicionais funcionaram por muito tempo, mas, para ir além, é preciso estar disposto a integrar, inovar e buscar a sustentabilidade em todos os aspectos da nossa sociedade.
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