Com a crise econômica que vem assolando o Brasil nos últimos tempos, os gestores têm um desafio e tanto para cumprir: a adequada gestão financeira de suas empresas. Como os fatores externos têm influenciado mais do que os internos ultimamente, a verdade é que os resultados alcançados podem simplesmente não estar de acordo com o esperado.
Mas se a crise é generalizada, então nenhuma empresa consegue bons resultados, certo? Errado! Há, sim, quem saiba lidar melhor com os desafios impostos pelo contexto. E se é possível para alguns conseguir bons resultados, é possível para você também! Então vamos analisar agora mesmo alguns pontos com que a gestão da empresa deve se preocupar de forma a buscar melhores resultados para o segundo semestre. Pronto?
Analisar o passado para melhorar o futuro
Um bom gestor financeiro sempre está preocupado com os índices obtidos por uma empresa, não é mesmo? Esses números permitem que ele faça uma comparação entre os valores médios do mercado, o que foi previamente planejado e o que efetivamente se conseguiu. Nesse momento, a análise se baseia fundamentalmente no lado de dentro da empresa, já que, por mais que se compare dados internos com externos, o objetivo é identificar processos a serem reestruturados e produtos ou serviços a serem descontinuados ou adaptados. Tudo com o objetivo de tomar decisões estratégicas que impulsionem os resultados dali para a frente.
Identificando tanto os erros como os acertos do primeiro semestre, pode-se trabalhar de maneira direcionada, priorizando a manutenção daquilo que gerou bons números e investindo em mudanças nas áreas com números não tão bons assim. Essa é uma das principais estratégias utilizadas na boa gestão de uma empresa, mas vale ressaltar que não deve ser a única. Então vamos ao próximo passo!
Levar a gestão para além das demonstrações financeiras
Um bom gestor deve estar sempre em contato com sua equipe e com seu mercado, além de conhecer seus clientes e seus fornecedores. Afinal, é mais que preciso saber que um negócio é muito mais do que apenas um acumulado de demonstrações e relatórios financeiros. Um empreendimento é dinâmico, uma força em constante movimento.
Necessidades de clientes podem ser identificadas a partir da melhoria do processo de pós-venda, por exemplo, assim como novos produtos podem ter origem com base em tentativas frustradas do passado, mas que agora foram melhoradas. Os funcionários também são ótimos avaliadores do seu negócio, pois eles podem, além de participar da produção, passar para o papel de consumidores, fazendo com que uma opinião do lado de fora seja obtida sem os entraves burocráticos dos serviços de atendimento ao consumidor.
Mas essa política infelizmente não costuma ser aplicada em todas as empresas, embora o ideal é que se considerasse tal alternativa, pois é barata e extremamente efetiva. Faça um teste e comprove por si mesmo como empresas que contam com esse tipo de prática colhem ótimos resultados pelo engajamento dos funcionários.
Controle eficiente
E para que você possa conduzir tanto a gestão financeira quanto os demais âmbitos de sua organização, é preciso contar com o apoio de ferramentas que facilitem a sua rotina, eliminem retrabalho e ajudem a analisar dados para que você ganhe mais produtividade e agilidade na tomada de decisões. Como conquistar esse cenário ideal? É mais simples do que você pensa!
Cada nicho empresarial precisa de seu próprio controle, mas é importante que todos eles sejam integrados para proporcionar mais assertividade aos resultados. E uma das maneiras de integrar os departamentos de sua empresa e manter o controle na ponta do dedo é através da utilização de um sistema de gestão empresarial – ERP (Enterprise Resource Planning).
Além de toa gestão básica de processos financeiros e contábeis, um ERP pode apoiar o controle de estoque, compras, materiais, patrimônio, pessoal, linha de produção e tantas outras necessidades que sua empresa apresente, de acordo com seu setor de atuação no mercado. Então se você ainda não conta com um software de gestão, vale a pena pesquisar as soluções disponíveis no mercado e avaliar qual se adapta melhor ao perfil da sua empresa.
Você pode até pensar que ano de crise não é a melhor época para aquisições de alto valor, mas é importante lembrar que a redução de custo deve ser feita com consciência. Economizar em tecnologia para otimizar seus processos pode significar prejuízos em todos os outros níveis de gestão e controle. Um investimento bem feito pode trazer retorno rápido e se pagar com a economia gerada através de controles mais apurados e eficientes.
Diversificar sempre que possível
Se uma empresa tem um produto em seu catálogo que vem enfrentando dificuldades de demanda, pode tentar, dentro do mesmo mercado principal, a diversificação. Assim, se o problema está nas vendas de um tipo de sapato, talvez seja o caso de tentar mudar para sandálias ou tênis.
Para o caso de uma diversificação um pouco mais impactante, apresenta-se algo completamente novo e fora do mesmo contexto operacional, com a tentativa da geração de demanda complementar. Nesse contexto, mas com o mesmo exemplo do sapato, a análise do mercado de vestuário poderia vir a calhar, pois seria possível diversificar dentro da mesma área, gerando uma necessidade que os clientes não tinham previamente.
Como última alternativa, caso o mercado esteja em retração completa, pode ser necessário algo ainda mais radical, como a entrada em um novo mercado, completamente distinto, em busca da inovação. Nesse caso, a empresa poderia analisar a entrada no mercado de alimentos — apenas para exemplificar uma possibilidade de diversificação, ok?
Revisar os planos periodicamente
Diversificando ou não as atividades, o objetivo é sempre aumentar a lucratividade, gerando valor agregado para os clientes e, consequentemente, para a empresa. Dessa forma, quando o gestor financeiro formaliza um plano de ação a ser utilizado durante o segundo semestre, deverá definir a periodicidade de análise e revisão dos valores, pois de nada adianta planejar sem validar se os resultados obtidos condizem com o esperado.
Essas revisões nos resultados da gestão da empresa direcionarão para estratégias organizacionais cada vez mais específicas, divididas por área ou setor, sempre em busca de bons resultados ao fim do segundo semestre.
Viu como nem é tão complicado? E você, por acaso já toma alguma providência nesse sentido em sua empresa? Comente e compartilhe suas experiências conosco!