
Como ganhar dinheiro com reflorestamento? Descubra neste post!
O reflorestamento já foi visto como perda de área produtiva pela maioria dos produtores rurais, que pensavam que as terras poderiam ser utilizadas para a produção de outras culturas ou até mesmo para a criação de gado.
Já não é mais assim. Hoje, o reflorestamento é a poupança do campo e muitos produtores estão reservando parte das suas propriedades para realizar o plantio de árvores e obter o chamado crédito de carbono.
Elaboramos este post para que você saiba mais sobre o reflorestamento e como ele pode fazer parte de um modelo de negócio lucrativo. Também reunimos dicas de como melhor a gestão de uma propriedade rural. Boa leitura!
Reflorestamento
O impacto ambiental causado pelo ser humano é gigante. Desmatamos boa parte das florestas para a construção de cidades, cultivo de alimentos e criação de gado. Diante disso, fica impossível para a natureza se recuperar de forma gradual e natural, sendo necessária uma mãozinha dos mesmos responsáveis pela derrubada das árvores.
O reflorestamento é o nome da atividade que envolve o plantio e a manutenção de uma área previamente devastada ou degradada. Os motivos que levam um produtor a realizar esse processo podem ser vários — legais, pessoais ou financeiros.
Muitos empresários estão realizando o reflorestamento para a captação de gás carbônico e a obtenção de créditos de carbono, como uma forma de melhorar seus ganhos com áreas não tão produtivas.
Crédito de carbono
O crédito de carbono foi criado a partir da assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997, e tem como principal objetivo minimizar o efeito estufa produzido pela emissão de gases poluentes. Uma tonelada de dióxido de carbono — que deixou de ser lançada ou é retirada da atmosfera — é equivalente a um crédito.
Foi estabelecido pelo protocolo que determinados países altamente industrializados deveriam diminuir a emissão de gases. Isso pode ser feito comprando créditos de carbono de outras nações, como o Brasil. Dessa forma, criou-se um comércio lucrativo da venda dessas unidades de medida.
Eles são considerados como commodities: podem ser vendidos no mercado nacional ou internacional e seu preço é regulado de acordo com a demanda. As empresas que realizam a compra desses créditos, de modo geral, têm problemas para controlar suas emissões de gases poluentes — ou seja, adquirir essas unidades é uma saída para que elas possam manter ou até aumentar suas emissões.
Como gerar créditos de carbono
O plantio de árvores nativas e outras culturas de exploração pode gerar créditos de carbono. Para isso, primeiramente, é preciso elaborar um projeto com a ajuda de profissionais especializados.
Após a análise da viabilidade e implantação da área de reflorestamento, é realizada uma avaliação por parte de uma empresa certificadora, com o objetivo de verificar se todos os requisitos estão sendo cumpridos e qual é a quantidade de créditos gerada.
Com isso, o produtor já poderá começar a negociar suas unidades, tanto no mercado nacional, quanto no internacional, de acordo com o preço mais atrativo no momento. A entidade certificadora continuará monitorando a área regularmente.
Reflorestamento como um modelo de negócio
Muitos produtores estão investindo em um modelo de reflorestamento com a unificação de árvores nativas e comerciais, que permitam a exploração da madeira, ou outras culturas, como a da mandioca. Esse é um modelo de negócio muito mais lucrativo, pois é possível explorar duas atividades econômicas ao mesmo tempo, utilizando apenas uma área.
Dessa forma, o produtor pode fazer com que o reflorestamento funcione como uma garantia para tempos de entressafra e para suprir qualquer resultado ruim, causado por eventos que prejudiquem a comercialização dos produtos de suas outras atividades.
Para implantar o reflorestamento, boa parte dos produtores utilizam áreas menos produtivas ou aquelas cuja localização ou inclinação do terreno não permite a produção. Em geral, essas áreas abrangem de 3 a 50 hectares.
Dicas para melhorar a gestão
Para finalizar este post, reunimos para você algumas dicas de gestão para uma propriedade rural, independentemente de seu ramo de atuação ou culturas produzidas.
Definição da agenda de atividades
São várias as atividades necessárias para manter em funcionamento uma propriedade rural. Sendo assim, é preciso saber se organizar para evitar que qualquer processo acabe perdendo seu prazo, uma vez que muitas culturas têm apenas uma janela de oportunidade.
O ideal é criar uma agenda de atividades para que todos os processos realizados na propriedade possam ser controlados de forma rápida e simples, evitando atrasos.
Plano de Manejo Agrícola (PMA)
Uma empresa rural não funciona como os negócios desenvolvidos em outras áreas. Porém, ela também demanda a criação de processos bem mapeados. Não se deve realizar as atividades sempre de forma diferente; a adoção de um padrão de acordo com um Plano de Manejo Agrícola é essencial para organizar a propriedade e obter os melhores resultados possíveis.
Planejamento da safra
Guardar o histórico de safras passadas é fundamental para que se possa realizar um planejamento bem embasado para a próxima colheita. Isso porque serão necessários pontos de estoque, transporte e outras demandas que deverão seguir o volume de produção.
Ao planejar com antecedência os resultados da safra é possível vender da melhor forma os resultados e obter um maior lucro em cima do investimento realizado para o plantio e manejo.
Software de gestão
Acompanhar todos os números gerados em uma propriedade rural é um dos principais desafios dos produtores. Por isso, a melhor solução é adotar o chamado ERP (Enterprise Resource Planning).
Esse sistema de gestão é responsável por reunir todas as informações relevantes acerca da propriedade, fornecendo dados para que o produtor rural possa tomar as melhores decisões.
É possível acompanhar questões financeiras, apuração dos tributos, estoques, produção, entre outros. São diversos módulos pensados para fornecer ao empresário informações essenciais para a gestão.
Utilizar o reflorestamento é uma ótima ideia para aproveitar áreas de baixa produtividade ou inacessíveis para aumentar os lucros da propriedade e ainda contribuir para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.
Gostou do conteúdo? Leia também o nosso post “Gestão multicultura: 5 segredos para o sucesso no agronegócio”!
Comente