A logística reversa no agronegócio tem um papel fundamental para a segurança dos produtores e colaboradores que atuam dentro das propriedades, assim como para a manutenção do meio ambiente.

Por meio dessa prática, os produtores rurais visam diminuir custos e evitar contaminações, mantendo a sustentabilidade do negócio.

Neste post, mostramos como é possível aplicar os conceitos de logística reversa e sustentabilidade de forma prática dentro das propriedades rurais. Continue a leitura e confira!

O que é logística reversa

A chamada logística reversa diz respeito a situações em que um determinado produto, distribuído por um fornecedor, deve retornar ao seu fabricante. Isso pode acontecer por vários fatores, como, por exemplo, para promover a redução de custos com o reaproveitamento de embalagens no caso das garrafas de refrigerante.

Aliás, vale lembrar que, dentro das propriedades agrícolas, a logística reversa se tornou obrigatória desde a promulgação da lei 12.305/2010 para embalagens de produtos químicos.

O que é sustentabilidade

A sustentabilidade é um conceito que envolve atender demandas presentes sem prejudicar as gerações futuras, que está ligado diretamente com o campo pela necessidade de não agredir o meio ambiente.

Esse é um conceito cada vez mais aplicado dentro das propriedades rurais, que entendem que, ao explorar demasiadamente seus recursos naturais sem preocupação, podem causar impactos negativos no futuro.

Quais ações podem promover esses dois conceitos

Os dois conceitos apresentados acima já são aplicados com sucesso em várias grandes corporações. O McDonald's, por exemplo, recolhe todo o óleo utilizado em suas unidades e o utiliza para a fabricação de Biodiesel, utilizado diretamente na frota de logística da empresa.

A Natura é outro grande exemplo da aplicação de conceitos de sustentabilidade e logística reversa. A empresa brasileira de cosméticos recolhe todo o material impresso promocional para sua reciclagem e reaproveitamento em novos materiais de divulgação.

De acordo com a lei 12.305/2010, algumas ações parecidas se tornam obrigatórias no campo. Veja quais a seguir.

Recolhimento de embalagens de agrotóxicos

As embalagens de produtos químicos podem trazer diversos problemas para a saúde dos produtores e trabalhadores do campo — assim como para o meio ambiente — quando mal acondicionadas ou descartadas.

Por conta disso, a norma instituiu que todas as embalagens de agrotóxicos sejam retornadas aos fabricantes, que poderão reciclar para nova utilização ou dar uma destinação mais adequada.

Recolhimento de pilhas e baterias

Assim como os agrotóxicos, as pilhas e baterias também contém, em sua composição, elementos químicos que podem fazer mal a saúde e contaminar o meio ambiente. Dessa forma, também devem ser recolhidas e entregues aos fabricantes após o uso.

Recolhimento de óleos queimados

Utilizar esses óleos para a proteção de estruturas de madeira é uma prática muito comum no campo, uma vez que a substância impermeabiliza o material e evita a ação do tempo.

No entanto, esse produto é altamente tóxico e constitui um grande risco para a saúde de quem trabalha diretamente com ele. Por conta disso, o seu retorno ao fabricante também é obrigatório por lei, com o objetivo de garantir uma destinação correta.

Recolhimento de pneus

Pneus que não estão mais em uso nos implementos devem ser retornados ao fornecedor, uma vez que esses materiais podem sofrer degradação no campo e contaminar o meio ambiente.

Além disso, em caso de queima, sua fumaça é altamente tóxica, prejudicando a saúde dos trabalhadores e podendo ser responsável até mesmo pela morte de animais. Sendo assim, é um caso em que a logística reversa deve ser aplicada.

Como fica claro após analisar os casos acima, a logística reversa no agronegócio diminui riscos de contaminação da propriedade e de seus trabalhadores, garantindo a sustentabilidade do negócio e a proteção do meio ambiente. Sendo assim, é um assunto que merece a atenção de organizações de qualquer segmento ou tamanho.

Gosta do tema e quer continuar aprendendo? A seguir, continue no blog entenda mais sobre a legislação brasileira!