
7 passos para identificar a capacidade produtiva de sua empresa
Quem trabalha em uma indústria sabe o quanto é importante manter o ritmo da empresa. Cada mercadoria representa mais rendimento financeiro e capital para expandir seus negócios. Dentro desse contexto, para ter a certeza de que está tirando o máximo de proveito de todos os recursos, o gestor deve avaliar a capacidade produtiva da empresa.
Ela ajuda a avaliar se está ocorrendo produção em excesso ou em falta, além de melhorar a tomada de certas decisões. Por exemplo, ao notar um aquecimento no mercado, uma indústria com produção ociosa pode mais rapidamente aumentar sua produção e atender à demanda.
Além disso, conscientizar os colaboradores sobre esse processo também é muito importante, pois se trata de uma tarefa coletiva e que merece a atenção de todos que fazem parte da empresa, para que, de fato, sejam alcançados resultados efetivos.
Quer saber como mensurar a capacidade de produção da sua empresa? Então continue a leitura deste post e confira os 7 passos. Confira agora mesmo!
1. Produção por tempo
O primeiro passo é quantificar quantas unidades saem da linha de produção em determinado período. Produtos pequenos e de rápida fabricação, como copos plásticos, podem ser calculados em minutos, enquanto outros maiores podem ser medidos por hora. Essa será a base para os cálculos de capacidade produtiva, que serão realizados a seguir.
É claro que também deve ser quantificado o tempo em média que um operário leva para organizar o ambiente de trabalho, bem como fazer o preparo e a limpeza das máquinas e equipamentos.
Somente assim será possível ter um cálculo preciso, uma vez que, se as pequenas pausas não forem contabilizadas, o número final não será exato.
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2. Tempo produtivo
Com o primeiro item concluído, você agora deve multiplicá-lo pelo tempo de trabalho. O ideal é considerar um dia completo de produção, que costuma durar 8 horas. Se a sua produção é de 100 unidades por hora, por exemplo, então sua produção disponível diária será de 800 unidades.
A partir desse número, já é possível avaliar se a sua produção está acima ou abaixo da demanda do mercado. Além de ajudar a verificar quanto da capacidade produtiva é aproveitada diante dos recursos investidos.
Ter o tempo produtivo quantificado pode significar muito para o planejamento da empresa. Desse modo, o gestor poderá verificar quanto tempo será necessário para cumprir uma determinada demanda que precisa ser entregue a um cliente.
Assim, no caso de ser necessário mais tempo para realizar uma entrega dentro do prazo, o gestor pode solicitar ao departamento de recursos humanos que libere o pagamento de horas extras.
3. Interrupções de produção
Conforme já visto, as interrupções para limpeza e organização do ambiente de trabalho também devem ser contabilizadas no processo produtivo, pois dificilmente será possível manter um dia inteiro de trabalho a pleno vapor. Por isso, é importante medir o quanto de tempo de trabalho diário não é traduzido em produtividade.
Além de considerar as perdas já calculadas, como intervalos para os funcionários e manutenções agendadas, você deve acompanhar as perdas não calculadas. São exemplos disso funcionários ausentes, paradas por falta de matéria-prima e defeitos inesperados no maquinário. Tire uma média e use-a para calcular a capacidade produtiva realizada.
Como esse tipo de parada é variável, nem sempre a média será a mesma. É por isso que, para manter o processo seletivo em pleno funcionamento e sem atrasos, é importante contar sempre com um equipamento reserva, para o caso de o principal precisar de ajustes mecânicos.
No quesito humano, recomenda-se que as empresas possuam em seu quadro alguns funcionários que sejam treinados para realizar atividades em setores diversos. Assim, eles poderão ser vistos como uma peça-chave na empresa, podendo substituir colegas em caso de ausências por problemas de saúde, a título de exemplo.
4. Calculando a eficiência
Outro ponto importante é saber o quão eficiente é a sua produção. Se o máximo de unidades é gerada com base nos recursos disponíveis. Para chegar a um resultado, você deve dividir a produtividade realizada pela efetiva, sendo o resultado a sua taxa de eficiência. Veja um exemplo:
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unidade produzidas por hora: 100;
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turno: 10 horas;
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produtividade disponível: 1000/dia;
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perdas planejadas: 2h/dia = 200 unidades;
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perdas não planejadas: 1h/dia = 100 unidades;
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produtividade efetiva: 800 unidades/dia;
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produtividade real: 700 unidades/dia;
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taxa de eficiência: 0,875.
Considerando que a produtividade real nunca é maior que a efetiva, o maior valor de eficiência possível é 1. Quanto mais próxima ela estiver desse valor, melhor será a produtividade da empresa.
5. Contabilizando outros indicadores
Como já explicamos até aqui, é muito importante relacionar a produção empresarial com a carência do mercado. Há algumas décadas, havia poucas oscilações nas necessidades de consumo, e o número de organizações na disputa comercial era menor.
Dessa forma, o planejamento poderia ser feito com uma base pequena de dados, que quase nunca mudava. Hoje a realidade é outra: o comportamento da economia é muito inconstante. Além disso, as oscilações ocorrem em movimentos velozes e bruscos.
Nesse contexto, manter a capacidade de produção ajustada à performance comercial é o grande desafio. Sem falar nas intenções de crescimento de uma organização, que também vão exigir maleabilidade. Para atender com qualidade nesse cenário, é preciso oferecer ao mercado inovação, ou seja, ficar de olho nas mudanças e adaptar a capacidade produtiva o tempo todo.
Afora a demanda e o estoque, há diversos outros dados e indicadores para acompanhar. Por exemplo: qual é o custo de armazenagem? Quando a demanda está baixa, quanto a empresa paga a mais para estocar? Essa taxa sofre alguma variação sazonal expressiva? Quando? Por quê?
E sobre os insumos? A empresa teria condições de comprá-los antecipadamente? Quais os riscos de perdas? E se for preciso substituir a matéria-prima? As operações estão preparadas?
Todos esses detalhes afetarão a sua capacidade produtiva. Para não perder nada de vista, você tem que saber, de ponta a ponta, tudo que acontece em cada um dos grandes processos: gerenciamento do estoque, gestão da linha produtiva, administração dos recursos humanos, supervisão de máquinas e equipamentos, comportamento de vendas etc.
6. Entendendo a importância da tecnologia
Se o comportamento de consumo está cada vez mais flutuante, seria ingenuidade acreditar que uma indústria pode resistir sem uma estrutura complexa.
É justamente para preencher essa lacuna que serve a tecnologia, mais especificamente os sistemas de gestão padronizados. Esses softwares mecanizam trâmites e operações, fazem contas intrincadas e, no final, colocam a sua capacidade produtiva para rodar em conformidade com a sua demanda.
Com uma robusta integração, esses sistemas conseguem até calcular o instante mais propício para fazer um investimento ou iniciar a fabricação de determinado item. Essas contagens são demonstradas em relatórios rápidos, que vão fazer toda a diferença na produção empresarial. Veja alguns recursos:
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controle de qualidade: faz o gerenciamento automático dos processos de verificação de produtos e de qualidade dos insumos, o que traz mais eficiência para a capacidade de produção;
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incongruências: supervisiona os índices de inconformidades, abrindo caminho para iniciar as políticas de melhorias contínuas. Essas taxas vão apontar seus gargalos e mostrar caminhos para aperfeiçoar os procedimentos;
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planejamento por ordem de produção: esses sistemas desenham sequências inteligentes e flexíveis.
7. Diferenciando os tipos de capacidade produtiva
Muitas empresas estão na iminência de crescer e, para tanto, necessitam estruturar todas as suas operações, bem como o controle sobre elas. Diante dessa urgência, o planejamento da produção empresarial é o mais desafiador dos obstáculos.
Afinal, a sua capacidade produtiva da atualidade terá que funcionar ao mesmo tempo em que a nova capacidade de produção trará diversas transformações. Isso significa conciliar pedidos de curto, médio e longo prazos. A empresa terá de passar por um período crítico durante a transição da operação vigente para uma maior.
Ou seja, o gestor tem que se acostumar a trabalhar com diversos tipos de produções paralelas e simultâneas. Para ajudar na sua tomada de decisão, é bom que você conheça as várias vertentes de capacidade produtiva. Confira as principais:
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capacidade instalada/teórica: é o teto que a empresa consegue chegar, sem contar perdas como paradas de máquinas e demais eventualidades;
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capacidade disponível: é o máximo que uma companhia faz em determinado período levando em consideração também a mão de obra;
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capacidade efetiva: é similar à capacidade disponível, mas pondera sobre possíveis perdas que podem ser antecipadas, como parada para a manutenção, para o intervalo entre turnos, para a limpeza etc.;
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capacidade realizada: assemelha-se à capacidade efetiva, mas avalia também as perdas com imprevistos: panes elétricas, crise no fornecimento de matéria-prima, danos em equipamentos, entre outros.
A importância de conscientizar os colaboradores sobre a capacidade de produção
Em parceria com o departamento de endomarketing ou comunicação interna da empresa, o supervisor de uma linha de produção pode desenvolver programas e estratégias que visem conscientizar os funcionários sobre a importância de manter a produção sempre dentro das metas estabelecidas de acordo com a capacidade produtiva calculada.
É preciso, por meio da integração de setores, fazer com que os funcionários entendam que, se a empresa cumprir seus objetivos, todos que fazem parte dela serão beneficiados, podendo receber recompensas como aumentos de salário ou promoção de cargos.
Como você já deve ter notado, planejar e supervisionar a capacidade produtiva é muito importante para ter sucesso na indústria. Dessa forma, as operações são realizadas com mais eficiência, sempre conectadas com os diversos departamentos.
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